Estou utilizando este espaço para publicar meus devaneios literários. Começo com o conto "A crônica que nunca escrevi", de 1998. Não sei ao certo porque iniciar com um texto escrito há tanto tempo, mas sei que este conto tem muita importância para mim. Foi a partir dele que pude dimensionar, no meu imaginário, a relação tempo versus espaço dentro da construção literária.
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Logo, me dei conta da importância de escrever histórias curtas, ou breves. E como elas podem ser interessantes e divertidas. Então, passei a escrever contos quando não queria me prolongar ou até quando estava com preguiça de escrever. "A crônica que nunca escrevi" mostra a agonia de um jornalista em um momento improdutivo. Se passa em um apartamento, no centro de São Paulo, e é narrada pelo próprio personagem, que, pouco a pouco, vai revelando os motivos de não conseguir se concentrar para escrever. Alcoólatra e abandonado pela jovem esposa, ele encontra em seu fiel amigo e gato, Cachimbo, um confidente inigualável para suas noites de bebedeira.
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Recebi alguns prêmios por este conto, o que me incentivou a criar um conjunto de histórias no mesmo ambiente. Na verdade, do apartamento em que se passa esta situação, resolvi percorrer as escadas do prédio, invadindo os apartamentos dos vizinhos, ou mesmo entrando pela janela, sem ser convidado. Como resultado, surgiu o livro "Janelas para Babilônia", que pretendo publicar em breve.
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