Com a final do Mundial de Fórmula 1, algumas coisas, pra mim, ficaram claras. Apesar de a Red Bull ter o melhor carro, e um piloto veloz, no caso o Vettel, que foi campeão sem direito a ninguém constestar nada de errado ou marmelada, ficou claro que esta última prova, como a maioria, foram feitas para corridas burocráticas.
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Falo isso pela dificuldade em se ultrapassar. Tanto Alonso, quanto Hamilton tentaram fazer ultrapassagens aos carros que estavam em suas frentes, mas o máximo que conseguiram foi andar fora da pista.
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Alguns pilotos têm talento extremamente diferenciados, caso de Alonso, Kubica, Hamilton. Mas isso, na hora da corrida, tem significado cada vez menos. Pois, quando você retira a capacidade de ultrapassagem, você interfere no resultado.
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Acho que os resultados das últimas temporadas foram mais influenciados pelas paradas nos boxes, e pelos acidentes e quebras dos carros, do que pelas ultrapassagens. O engraçado é que, por se tratar de uma corrida, deveria privilegiar as ultrapassagens, o talento do piloto, e não essa coisa burocrática, pois para quem assiste, acaba ficando sem graça.
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Se as únicas emoções que se têm nas corridas de fórmula 1 são o tempo gasto nos boxes, o trabalho exímio dos mecânicos, e a estratégia das equipes, quando fazem seus jogos sujos, então acho melhor não acompanhar o campeonato. A única coisa que me levou a ver as corridas foi o talento dos pilotos, a audácia.
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Bem é verdade que, após a morte de alguns pilotos, incluindo a do Senna, os dirigentes da categoria decidiram se preocupar mais com a segurança durante as provas. Mas, se for para acabar com a possibilidade de se ver um espetáculo, prefiro que a competição seja extinta da minha programação pessoal e dos meus finais de semana.
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Isso não tira o mérito do Vettel, que é de fato talentoso, mas, olhando para o campeonato como um todo, qual foi seu brilhantismo, além de andar mais rápido que o Webber, que nunca foi campeão do mundo, ou andar mais rápido que seus concorrentes nos treinos, uma vez que seu carro era de fato superior, se quando chega na corrida ninguém consegue ultrapassar ninguém?
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Ou se proporcionam mais pontos de ultrapassagem nos autódromos, ou continuaremos a ver as corridas de carros serem decididas por dirigentes de empresa, mecânicos que atuam na troca de pneus, e acidentes corriqueiros que fazem com que todos os demais carros se embaralhem. Assim, pra mim, não tem graça.
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